Quando se fala em Mendoza a associação com o vinho é imediata. E é isso mesmo! Tudo em Mendoza (ou quase tudo) gira em torno da bebida de Baco... A região é um importante produtor mundial de vinho e é responsável por aproximadamente 70% da produção vinícola da Argentina.
São mais de mil bodegas espalhadas por toda a área rural e urbana, entre grandes produtores e pequenos empreendimentos familiares. Tem até bodega gourmet (bodega boutique), na qual a colheita da uva é feita no período noturno - dizem que com essa técnica as uvas alcançam o máximo de frescor e, com isso, potencializam os aromas, resultando vinhos com mais equilíbrio, boa acidez e corpo.
Além do vinho, a região é grande produtora de azeite. E eles produzem azeites com o mesmo cuidado de produzem vinhos, os azeites são varietais (mais caros, claro!), indicando o tipo de azeitona com que são produzidos ou então blends, pela combinação de vários tipos de azeitonas (mais baratos).
E esses chatos, além de viajar, adoram vinho e azeite.
Mas Mendoza também tem outros atrativos. Afinal, nem só de vinho vive o homem... ou a mulher.
Mas Mendoza também tem outros atrativos. Afinal, nem só de vinho vive o homem... ou a mulher.
A cidade
Mendoza está localizada a oeste da Argentina, aos pés da Cordilheira dos Andes, quase na divisa com o Chile. É uma cidade agradável, plana (a parte urbana), bem arborizada, com um montão de praças e um enorme parque - Parque General San Martín.
Brazão da cidade, na praça principal - Plaza Independencia |
Dizem que, atualmente, a cidade tem muitas praças porque, 300 anos após a sua fundação, Mendoza foi destruída por um violento terremoto que dizimou 75% de sua população, que não teve para onde fugir e as pessoas foram soterradas pelos escombros das construções. As praças seriam um local aberto para proteção da população em caso de novos abalos sísmicos.
Plaza Independencia |
Plaza España |
Plaza San Martín |
Um aspecto que chama a atenção é o sistema de irrigação das árvores plantadas nas calçadas.
Por toda a cidade, entre a calçada e a rua, existem pequenos canais por onde corre a água do degelo das montanhas.
Em vários pontos - nos lugares mais altos da cidade - existem comportas para controlar a vazão da água nos canais das ruas da cidade.
Mendoza conta com restaurantes para todos os bolsos, fábricas e lojas de chocolate e alfajor e várias feiras de artesanato (uma das mais importantes é a da Plaza Independencia).
Parque San Martín e Cerro de la Glória
A apenas 1 Km da Plaza Independencia encontram-se os majestosos portões de uma das entradas do Parque. Esses portões são orgulho dos nativos, porque todos dizem, com a boca cheia, que que são iguais aos portões do Bosque de Palermo, em Buenos Aires. São realmente muito bonitos...
O Parque é uma enorme área verde e dentre dele estão o Club Mendoza de Regatas (claro que há um lago para a prática do esporte), o Mendoza Tenis Club, o Club Hípico Mendoza, o Estadio Malvinas Argentinas, o Jardin Zoológico de Mendoza, o Teatro Griego, o Golf Club Andino, o Observatorio Meteorológico Mendoza, o Museo de Ciencias Naturales y Antropológicas Juan Cornelio Moyano etc. etc.
O Cerro de la Glória está localizado no extremo norte do Parque. Tem esse nome em homenagem à vitória do exército do general José de San Martín, que atravessou os Andes, em 1817, para vencer tropas espanholas em busca da independência argentina. Pode-se chegar ao topo do morro de automóvel, em ônibus panorâmico ou por por trilhas bem tranquilas (nós sobrevivemos!!!). No topo do Cerro tem um monumento em homenagem aos 100 anos do feito de San Martín.
Vinícolas e fábrica de azeite
Lembrem-se que são mais de mil bodegas na região e, por isso, há diversas opções de vinícolas para visitar. Claro que só conhecemos algumas...
Há bodegas no centro da cidade, é possível ir de ônibus urbano a algumas delas (comprem antes o cartão de ônibus "Mi red bus"). Todas as agências de turismo vendem passeios, geralmente combinando 2 ou 3 vinícolas e uma fábrica de azeites. As bodegas mais afastadas do centro da cidade são no meio dos vinhedos. Todas com degustação, claro! E los hermanos não brincam em serviço, quando o assunto é vinho: se bobear, você termina o dia borracho.
Tem também as vinícolas (as mais chiques) que combinam a visita com um almoço. Mas essas nós não visitamos, não.
As visitas são praticamente padronizadas. Geralmente se inicia mostrando os vinhedos e a técnica usada no plantio. Sim, existem várias técnicas...
Em seguida te levam pra conhecer os subterrâneos onde estão os tonéis nos quais é armazenado o vinho. Atualmente são usados tonéis gigantes de aço inoxidável e alguns deles são revestidos, internamente, de carvalho - daí saem os vinhos "roble", mas tem sempre aqueles tonéis pequemos de madeira pra gente fotografar.
Em seguida te levam pra conhecer os subterrâneos onde estão os tonéis nos quais é armazenado o vinho. Atualmente são usados tonéis gigantes de aço inoxidável e alguns deles são revestidos, internamente, de carvalho - daí saem os vinhos "roble", mas tem sempre aqueles tonéis pequemos de madeira pra gente fotografar.
Aí explicam como é a produção do vinho e os diferentes tipos que comercializam, enaltecem as qualidades de seus produtos, blá, blá, blá.
Finalmente a parte mais interessante da visita: a degustação. Até os que não são chatos ficam entediados após a segunda bodega e ansiosos pra molhar o bico.
Alta Montaña
Um dos passeios clássicos, o mais requisitado após as visitas às bodegas. Com duração de 10 horas, o circuito percorre inicialmente a região semidesértica nas proximidades da cidade, passando por alguns vinhedos (sem visita às bodegas), segue em direção à pré-cordilheira, com parada no dique Potrerillos.
Chega-se ao povoado de Uspallata, com parada para banheiro, um chocolate quente, um passeio pelo vilarejo e aluguel de sapatos e roupas para neve (tudo opcional).
Um dos passeios clássicos, o mais requisitado após as visitas às bodegas. Com duração de 10 horas, o circuito percorre inicialmente a região semidesértica nas proximidades da cidade, passando por alguns vinhedos (sem visita às bodegas), segue em direção à pré-cordilheira, com parada no dique Potrerillos.
O passeio segue percorrendo o rio Picheuta até a estação de esqui Penitentes. A ideia não é esquiar, claro! Mas é possível subir a montanha de teleférico e brincar um pouco na neve.
A próxima parada é a Puente del Inca, uma formação rochosa de coloração curiosa originando uma ponte natural sobre o rio Las Cuevas.
Há uma fonte de água quente nas rochas e, sob a ponte, há uma antiga estrutura de um hotel que havia próximo ao local. Havia uma passagem subterrânea que ligava o hotel aos banhos termais. O hotel foi destruído por uma avalanche.
Diz a lenda que a avalanche fez um "desvio" e não destruiu a igrejinha. Toda a área esta interditada atualmente.
Ruínas do hotel e a igreja sobrevivente |
Foto do hotel, destruído pela avalanche |
O passeio segue, então, para o mirante do Aconcágua - a montanha mais alta das Américas, com quase 7 mil metros (o mirante fica a pouco mais de 3 mil metros).
A última parada, antes do retorno a Mendoza, é o vilarejo de Las Cuevas, já na fronteira com Chile.
Cañón del Atuel
A última parada, antes do retorno a Mendoza, é o vilarejo de Las Cuevas, já na fronteira com Chile.
Cañón del Atuel
Está localizado próximo à cidade de San Rafael, a 100 Km de Mendoza. É um extenso acidente geográfico, mais antigo que a Cordilheira dos Andes, no qual as formações rochosas formam diversas esculturas naturais esculpidas pela ação dos ventos e da água.
Museo de Cera, El Búho, El Lagarto, Los Viejos, Los Monstruos, La Ciudad Encantada, El Mendigo, Los Jardines Colgantes e Los Monjes são algumas destas fascinantes obras da natureza. Nem sempre é fácil identificar essas formas
El Búho (Coruja) |
El Mendigo - la limosna |
Museo de Cera |
Existem outros passeios oferecidos pelas agências de turismo da cidade: Villavicencio, rafting, trekking, cavalgada, rapel, parapente e canopy.
No hotel conhecemos duas brasileiras e um casal de franceses.
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