Em Moscow são quase 200 estações distribuídas em 9 linhas principais. Uma destas linhas é radial (veja a bola do mapa abaixo), conectando quase todas as demais linhas e essencial para o turista padrão. Bem no meião da rede fica o Kremlin e a Praça Vermelha.
Navegar no metrô é impossível se você não possuir um mapa bilíngue da rede. Eu utilizei este mapa impresso junto do aplicativo de metrô do Yandex, que é o Google russo. Vejam como funciona nesse demo. Baixem pro celular antes de sair às ruas em Moscow ou São Petersburgo.
As portas de entrada e saída das estação são bem sinalizadas, decore as palavras correspondentes em cirílico e faça um esforço pra não errar de porta se não quiser tomar esporro dos transeuntes ou seguranças (embora tomar esporro na Rússia seja uma constante, é melhor se acostumar). Cuidado com portadas na cara, porque elas servem contra o frio e são extramente pesadas.
É possível adquirir tickets utilizando máquinas de auto-atendimento. Elas possuem interface em inglês e aceitam notas e moedas. Mas nem sempre estão disponíveis ou são confiáveis. Eu preferi recorrer ao caixa tradicional e achei por bem comprar um cartão que dá direito a infinitas viagens ao longo de 3 dias (tem esse mesmo cartão para 1, 3, 7 ou 30 dias). Para indicar às senhoras do caixa que tipo de cartão eu queria comprar, primeiro visualizei a planilha de preços no site oficial do metrô em inglês, depois copiei para o celular a mesma tabela na versão russo. Mostrei a tela do celular através do vidro do caixa com a cópia da informação em cirílico e elas entenderam. Foi um dos poucos momentos que consegui tirar um sorriso de um nativo russo. Se isso for muito complicado, basta mostrar com os dedos quantas passagens deseja e dar o dinheiro.
O cartão é de papelão, você encosta no sensor e a portilha se abre, similar aos nossos bilhetes únicos e riocards.
Uma coisa que você pode estranhar é a profundidade das estações. As escadas rolantes, especialmente em São Petersburgo são imensas, leva minutos até chegar à plataforma.
Antes ou após descer as escadas, dependendo da estação, você deverá escolher qual linha ou direção. As linhas são facilmente identificadas por cores e a direção pode ser escolhida pela sequência de estações a seguir. Basta verificar nos painéis dispostos nas plataformas e usar o mapa bilíngue como recurso. Parece difícil, mas não é. Veja o painel abaixo: é só verificar o nome da estação destino e escolher lado esquerdo ou direito da plataforma.
Dentro dos vagões existem aqueles painéis indicadores. Nos trens mais modernos o sinal luminoso vai indicando o percurso percorrido. Na dúvida, é só olhar pela janela os nomes das estações gravados nas paredes.
Fora isso, apenas a etiqueta convencional de metrôs em grandes cidades e o fato de os metrôs na Rússia serem dos mais bonitos do mundo.
Na verdade o metrô de Moscou é um paraíso comunista subterrâneo. Os lustres, mármores, mosaicos, murais e estátuas de heróis soviéticos foram concebidos para criar uma atmosfera de triunfo tecnológico e ideológico, em vez de serem meramente funcionais. As estações são propositalmente opulentas como uma forma de saudar o proletariado da cidade.
Muitas estações construídas na era Stalin têm temas do realismo socialista, em conformidade com a máxima de que “a arte é inútil, a menos que sirva a política”. Após a morte de Stalin em 1953, Nikita Khrushchev condenou os excessos e luxo desnecessário do passado. O metrô entrou em um período mais sóbrio sob o slogan “quilômetros à custa da arquitetura”.
Oitenta anos e 200 estações depois, o sistema de metrô de Moscow transporta nove milhões de pessoas por dia, com planos de expansão para torná-lo a quarta maior rede do mundo até 2020.
Existem centenas de sites e blogs mostrando a lindeza das estações por dentro. As fotos ficam bonitas porque tudo é muito simétrico e com uma iluminação forte. Espero que Marina goste.
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